2 de março de 2010

Day after Chile, o país depois do terremoto


Os chilenos e estrangeiros que estavam no Chile na madrugada do último sábado, 27 de fevereiro, jamais esquecerão aqueles minutos de terror, tudo mexia, vasos quebravam, a parede rachava, além do ruído grutural que alguns puderam escutar, que é o som típico do terremoto. 8.8 na escala Richter. Era como estar participando de alguma cena de 2012. Traumatizante. Olhar pela janela e ver tudo escuro, aos poucos se escutava vozes das pessoas que estavam deixando suas casas com medo da "réplica" , que pode ser até mais forte que o próprio terremoto. Passei o resto da madrugada sentada na calçada com vizinhos da rua, esperando o perigo passar.

Transcorridos três dias, que parecem trinta,se poderia dizer que em Santiago já estamos com vida praticamente normalizada, temos água, luz e os supermercados, comércio, e o metrô já estão funcionando praticamente como antes. O Aeroporto Internacional está praticamente destruído mas mesmo assim já estão saindo e chegando alguns vôos. O governo está colocando todos seus esforços para recuperá-lo o mais rápido possível.

Em contrapartida, no sul do Chile, região do Maule, onde está uma de suas principais cidades, Concepción, centro do terremoto, está decretado zona de calamidade, falta eletricidade, água potável, abastecimento e devido aos
constantes roubos foi decretado toque de recolher. " Fuerza Chile" é o a frase mais escutada para dar ânimo aos chilenos mais danificados, que perderam suas casas e familiares.

"Kit terremoto", para ter sempre a mão: lanterna + radinho de pilha.